Orcs, tão perigosos quanto o mestre quiser!

Será que ninguém percebe que mesmo os Orcs sendo verdes, fortes, musculosos, intimidadores e violentos, não causam medo em ninguém? Pelo menos não nos personagens da maioria dos jogadores. Esta mesma descrição se dada numa aventura de supers faria os jogadores correrem com medo do Hulk, mas em nossas mesas de fantasia medieval o que acontece é que ouvimos brados de alegria: “Oba! Vamos matar orcs!”. Pois bem! Para reavaliar os conceitos sobre Orcs e para surpreender jogadores arrogantes, apresentaremos abaixo um exemplo de uma tropa de elite orcs , para que seu jogo seja inovador e seus orcs causem impacto de verdade. Claro, em último caso, se nada funcionar, podemos usar o Hulk também!

“As guerras entre as raças humanóides e goblinóides são mais antigas do que a última geração élfica possa se lembrar. Foram séculos de sangue derramado pelos campos de batalha e inúmeras dinastias empenhadas em guerrear. Creio que existem muitos interesses escondidos além de ódio racial ou lutas de bem contra mal. As vezes parece que isso nunca vai ter fim e que realmente ninguém quer um fim, nem mesmo os Deuses!”

Krunarc, o Incrível

Esta foi a conclusão do então jovem e promissor guerreiro orc Krunarc, que ao perceber que cedo ou tarde seria apenas mais uma baixa de guerra, decidiu desertar das tropas dos exércitos goblinóides e partir para algo maior: aventurar-se em busca de ouro, prazer e fama. Ignorando o estigma de traidor ou desertor, o jovem orc colocou o pé na estrada e passou a peregrinar pelas terras selvagens e sem lei. 

Krunarc era um jovem promissor e sua decisão não era fruto de medo da morte, mas sim uma vontade imensa de viver para si mesmo e morrer apenas por seus próprios objetivos. Alguns orcs cansados da sobrecarga e da tensão da guerra decidiram acompanhar Krunarc, muitos eram covardes e medrosos, mas outros tinham seu valor e ele sabia diferencia-los bem.

Os diabos verdes: O bando de desertores sob o comando de Krunarc começou a realizar pequenos saques e atos de vandalismo, o que durante algum tempo alegrava a todos, menos ao ambicioso Krunarc, que sonhava com mais do que isso. Ele queria: Prazer, glória, fama e reputação entre as nações! Depois de algum tempo o bando começou a agir como mercenários inescrupulosos e nisso, muitos orcs morreram, outros foram recrutados, e com o passar do tempo o nome de Krunarc começou a se tornar conhecido e o poderio de sua tropa foi crescendo a cada dia mais e mais, conforme ele os treinava. Hoje, treze anos depois, o famigerado bando de orcs é conhecido pela alcunha de Os diabos verdes e o seu líder é conhecido como O Incrível Krunarc, que juntamente com seu conselheiro, o Xamã Grum, lidera a tropa de elite com mão de ferro, se tornado um dos maiores e mais temidos líderes mercenário que já se ouviu falar. Métodos de ação: Sem escrúpulos, patriotismo, racismo, religiosidade ou qualquer outro critério moral e ético, O Incrível Krunarc e seus Diabos Verdes, realizam qualquer missão que lhes seja confiada, mediante um alto pagamento. Este perfil de atuação tem causado repulsa entre goblinóides e pavor entre os humanóides, pois a única bússola comportamental para os Diabos Verdes é fama e riquezas, sendo eles assim, uma tropa perigosa, imprevisível e altamente infiel, podendo mudar de lado numa guerra por uma oferta mais valiosa e tentadora, que faça valer a pena rasgar um contrato ou retirar a palavra dada. A lenda: O Incrível Krunarc reina sobre os Diabos Verdes e é reverenciado por eles como um herói lendário. Vários Orcs tentaram roubar seu lugar através de assassinatos e emboscadas, mas o guerreiro orc parece favorecido pelos Deuses, pois sempre sobrevive heroicamente e isso sempre aumenta mais seu renome e poder entre os Diabos Verdes. Existe uma lenda entre os orcs que diz que o Xamã Grum ofereceu a alma de Krunarc a Deuses antigos dos orcs ou a Demônios ocultos e que em troca disso, o orc receberia poderes sobrenaturais e teria seu corpo fechado para a morte. Embora isso possa ser apenas uma lenda, ajuda a aumentar o pavor de todos em relação a Krunarc e afastar ainda mais os usurpadores de poder.		O conselheiro: A verdade é que ninguém sabe a relação que existe entre o líder Krunarc e o xamã Grum. Os orcs mais velhos dentre os Diabos Verdes dizem que um dia o xamã apareceu no campo de batalha após uma sangrenta vitória da tropa e que em meio a uma tempestade assombrosa algo foi conversado entre Krunarc e o misterioso xamã que surgira de lugar nenhum. Após a conversa o líder dos Diabos Verdes fora visto ajoelhado diante do xamã misterioso e a partir deste dia passou a ser seu conselheiro e se tornou comum ambos passarem dias refugiados e retirados em lugares ermos. Os boatos são dos mais variados; Uns dizem que Krunarc recebe orientações de divindades através do xamã; outros alegam que o xamã exerce domínio mental sobre Krunarc e ainda existem os que dizem que esses sumiços ocorrem para manutenção do ritual de proteção sobrenatural sobre o corpo do seu temível líder. Seja qual for a verdade, ninguém ousa contestar as ordens de Krunarc nem se opor ao misterioso Xamã Grum. O covil: Os Diabos verdes não possuem um covil fixo, mas vários pequenos refúgios subterrâneos ou torres fortificadas em montanhas e florestas. Como a tropa é relativamente pequena, aproximadamente 100 soldados, fora os animais e líderes que constituem o plantel de membros, a movimentação de todo o contingente é fácil. Esta comodidade permite aos Diabos Verdes estarem em constante movimento, como nômades, levantando e armando acampamentos sempre que necessário. Riquezas: Os Diabos Verdes acumularam bastante riquezas, e a cada missão realizada acumulam mais ainda. Os líderes ficam com 50% das recompensas e os despojos e tesouros obtidos de pilhagem são divididos para cada soldado da tropa. Krunarc oferece um soldo bom para seus homens, e as comissões de pilhagem são suficiente para manter os ânimos e lealdade da tropa sob controle. É claro que os tesouros particulares e mais valiosos ficam sob a custódia de Krunarc e ele os esconde em local bem seguro, na algibeira mágica do espaço infinito localizada na cela de sua montaria: Jambris o tigre dentes-de-sabre.

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